Durante a era dos consoles de 16 bits, o Super Nintendo e o Mega Drive se destacarão pela quantidade de adaptações de sucessos dos fliperamas. Mesmo sabendo que as versões de console não teriam os mesmos gráficos e sons daquelas máquinas poderosas, era sempre uma alegria conseguir um desses cartuchos. Afinal, ter o jogo em casa significava não precisar mais gastar dinheiro com fichas, certo?
Limitação e Espaço
Final Fight
A versão de Final Fight no arcade permite dois jogadores e oferece três personagens jogáveis: Cody, Haggar e Guy. No SNES, apenas um jogador pode participar, e Guy não está disponÃvel, limitando as opções a Cody e Haggar. Os gráficos e sons do arcade são mais detalhados, enquanto a versão do SNES tem qualidade inferior e uma queda no framerate, especialmente em cenas com muitos inimigos. Além disso, o arcade possui mais nÃveis e inimigos, enquanto a versão do SNES tem áreas cortadas e menos inimigos. A dificuldade também é maior no arcade, projetada para um ambiente de fliperama, enquanto a versão do SNES é mais acessÃvel para jogadores em casa.
A versão de Final Fight para o Sega Mega Drive (MD), desenvolvida por fãs, é uma recriação não oficial que visa trazer a experiência do jogo original para o console. Essa versão é notável por conseguir capturar a essência do jogo arcade, apesar das limitações de hardware do Mega Drive. Além disso, a versão feita por fãs oferece novas músicas e efeitos sonoros, dando um toque único à experiência. Embora não seja uma versão oficial e não tenha suporte ou distribuição oficial, ela é apreciada por muitos fãs por sua dedicação e pelo esforço em trazer Final Fight para um console.
Samurai Shodown
Samurai Shodown conquistou os jogadores com sua ação intensa, espadachins trocando golpes furiosos e cenários que se despedaçavam durante as batalhas. Com gráficos impressionantes e cutscenes cinematográficas, o jogo tinha tudo para ser um grande sucesso também nos consoles caseiros. No entanto, ao colocar o cartucho no Super Nintendo, muitos fãs tiveram uma surpresa nada agradável.
A versão do SNES foi, para muitos, uma das mais frustrantes experiências da época. Os personagens, que no arcade tinham presença de tela e impacto visual, apareceram reduzidos a pequenos sprites que mal ocupavam espaço no cenário. Além disso, um dos elementos mais icônicos do jogo original, a destruição dos cenários durante as lutas, foi completamente removido, tirando boa parte da graça e da imersão. O que restou foi um jogo que, embora jogável, não conseguia se destacar do seu concorrente e não conseguia fazer jus à versão dos fliperamas.
Já a versão para o Sega Genesis, embora não perfeita, trouxe uma experiência mais fiel. Os personagens voltaram a ter o tamanho adequado, e os cenários destrutÃveis, que tanto faziam falta no SNES, estavam de volta. Essa atenção aos detalhes garantiu uma experiência mais próxima do arcade e, consequentemente, mais satisfatória para os fãs. No entanto, nem tudo eram flores: a ausência de algumas cutscenes presentes no SNES e, principalmente, a falta do personagem Earthquake deixaram um gostinho amargo.




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